quinta-feira, 27 de agosto de 2009

sem título.

eu preciso contar do meu desejo teu. nos últimos dias, quando penso em você, minha excitação se alastra por todo meu corpo e pensamento: desde meu clitóris, minha vagina, vulva, buceta, bunda, pelves, bico do peito até a imagem mental da cabeça do teu pênis rígido, firme e vermelhinho. é uma energia maluca que sinto circular em meu corpo, minhas visceras, que me impele a todo segundo a te querer, a te procurar, a te enviar uma mensagem erótica convidando você pra transar comigo quatro vezes seguidas: sem parar e sem censuras – ! ai, eu quero e desejo te chupar todo neste momento!
e apaixonadamente lembro-me do dia em que fizeste exame ginecológico em mim: eu quero um ginecologista desse ao meu lado com plantão de 168h por semana!
quero trepar contigo, vem logo!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

lembrancinha

- oi!!! eu trouxe uma lembrancinha pra tu!
- sério? que legal! cadê?
- tá aqui, ó: sabe que dia é hoje? hoje faz um ano que sentamos naquele bar, onde já fomos tantas outras vezes desde então, e conversamos sobre como você estava odiando morar em apartamento porque passou a vida inteira numa casa com terraço e quintal e como você estava se sentindo um pouco claustrofóbica e oprimida pelos vizinhos que policiavam os teus barulhos e, aliás, hoje eu entendo como eles devem ter sofrido com você porque, puta merda, tu fala alto pra caralho e escuta som no último volume, hoje em dia tua audição já deve tar uns 50% comprometida! eu falei pra tu não esquecer os motivos pelos quais você tinha decidido se mudar prum apartamento e aí conversamos sobre como a cidade anda violenta e como, pra evitar os assaltos, acabamos nos tornando prisioneiros, erguendo paredes cada vez mais altas e gradeando janelas. e aí você me falou assim: mas não pense que lembrar dos motivos porque eu me mudei faz com que eu sinta menos falta do meu ex-quintal. e aí eu não soube o que te dizer e dei um gole no meu décimo copo de cerveja. aí notei você num semi-sorriso distraído e fiquei tentando adivinhar que lembrança tava visitando a tua cabeça. e aí parece que você adivinhou que eu tava tentando adivinhar e disse ah, eu tava aqui lembrando que quando eu tinha 9 anos mas aí nesse momento eu preciso confessar que eu já não tava escutando mais nada do que você tava dizendo porque eu tava viajando no desenho dos teus lábios e também segurando uma vontade danada de ir mijar. acho que você reparou que eu não tava prestando atenção porque você começou a fazer uma rosa de guardanapo, se detendo demasiadamente nisso. aí eu aproveitei e fui mijar e quando voltei tu tava no celular e aquilo me incomodou um pouco não sei porquê. quando eu sentei, vi que tinham chegado os bolinhos de bacalhau que eu já nem lembrava que a gente tinha pedido. nesse dia eu fiquei pensando que bacalhau devia ser afrodisíaco porque depois dele a gente começou a conversar umas putarias entre gargalhadas que faziam parte de um jogo de a gente fingir que não sabia como seria o fim daquela noite. certamente não no teu apartamento, pra não incomodar os vizinhos. quando veio a conta, você teve que pagar ela inteira porque a máquina do cartão tava quebrada e eu não tinha dinheiro vivo e eu reclamei com o garçom como é que vocês não avisam isso logo no começo?! e você disse fica tranquilo mas eu tava me sentindo super humilhado no meu machismo. depois fomos ao meu apartamento e eu passei três minutos tentando abrir a porta de casa com a chave do carro e você riu longamente do meu estado, como se você não estivesse tão bêbada quanto eu. depois não tivemos tempo de chegar no quarto e transamos pela sala mesmo, e eu fiquei surpreso com uns truques seus e rimos um do outro durante o sexo, como tivéssemos a intimidade de velhos amantes. depois tu tomou banho no meu banheiro enquanto eu fui rapidamente na geladeira e comi um pedaço de pizza frio enquanto pensava em você e começava desde já a sentir a tua falta. hoje faz um ano que eu me apaixonei.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

viver e escrever

c.,

também achei o dia bom, tanto ontem como hoje. fiquei feliz que você se esforçou pra sair de casa, já que você disse que tava precisando se distrair. fiquei feliz também de lhe ver, claro. e já fico meio assim sem saber quando vou te ver novamente, já que estás nesse clima meio vulnerável. às vezes tenho vontade de sair/ficar a sós contigo, pra conversar até mesmo sobre essas coisas todas da vida, e nos acalentarmos mutuamente, e cá entre nós, é tão melhor que msn. mas tenho ficado mais quietinha depois da nossa conversinha, ao menos tenho tentado. até porque é importante que exista vontade também do outro lado, do seu. andei lendo umas mensagens antigas tuas no celular, e me deu uma saudadinha, sabe? de como a gente tava, das coisas que você escrevia. não quero ser egoísta, c., de jeito nenhum, sei que o que estás passando não é fácil e não quero ser uma coisa a mais pra lhe entristecer, muito pelo contrário. minha vontade só é lhe dizer: vai passar, vai passar. e vai.
quando tu saiu daqui hoje eu tava bem, sabe. tava um dia aconchegante. o filme me deixou ainda mais aconchegadinha, me emocionei, fiquei reflexiva. de tarde dormi e acordei já de noite, um pouco atordoada pelo sono e por lembrar que era domingo. pensei em você e me deu vontade de estar mais perto de tu, ando sem muitas perspectivas quanto a isso devido aos últimos tempos, mas não posso dizer que eu não tenha vontade, sabe c.? acho que fico meio assim porque fui me acostumando nesses últimos meses a estar perto, a sentir e receber carinho, e depois que você ficou mais distantinho, continuei sentindo as coisas, e até certo ponto continuei lhe dizendo as fofurices todas, mas já não era a mesma coisa, né? principalmente da sua parte. te quero muito bem, sinto saudade de tu pertinho, de apertar e tudo o mais. sinto saudade da sua presença mais próxima, sinto como se você estivesse meio distante, e é por isso que acho que tô escrevendo. não é pra cobrar, como tu já deve saber, é só pra te dizer o que eu tô com vontade de dizer, já que ando cada vez menos tímida de te falar as coisas.

um beijo bem grande de coração
muita força pra você



(e pra mim)